quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Obesidade e gravidez

Obesidade e gravidez:



               A obesidade na gravidez é um grande agrave pois é nesta fase da vida de uma mulher que ela vivencia grandes transformações tanto psicológicos como físicas. Manter a alimentação saudável nesta fase é fundamental para a saúde da mãe e principalmente à saúde do bebê entretanto, cerca de 45% das mulheres obesas no mundo ganham peso durante ou após a gravidez.
               Um dos principais problemas do excesso de peso é a síndrome dos ovários policísticos que resulta na não produção  suficiente de hormônios pelos ovários para que os óvulos sejam estimulados a amadurecer e a serem liberados. Em mulheres com sobrepeso antes da gravidez, as chances destas engravidarem são de 8%. Em mulheres obesas este índice sobe para 18%.
               A obesidade também pode prejudicar tratamentos de fertilização in vitro, ocasionado pois o embrião sente dificuldade em se implantar na parede do útero fazendo com que haja o aborto espontâneo. O IMC recomendado para se engravidar varia de 19 a 25 kg/m ao quadrado.
               Após a gestação, a obesidade pode acarretar à mulher hipertensão, diabetes e até pré-eclâmpia. Podem ocorrer problemas no parto e no nascimento de bebês com defeito no tubo neural. O problema para o bebê pode durar por muitos anos, já que uma gestação associada à obesidade aumenta as chances dele sofrer problemas de peso ao longo de toda sua vida.
               A fase dita pela maioria das gravidas “devemos comer por duas pessoas” é totalmente um mito, na verdade, o indicado é que se coma apenas 300 calorias a mais do que as 2500 calorias recomendadas por dia. De forma geral, mulheres magras devem ganhar aproximadamente 15kg durante a gravidez; mulheres com peso natural, entre 10 a 12kg e mulheres acima do peso ideal devem ganhar apenas entre 6 a 7kg. Por fim, uma dieta saudável é ideal tanto para o bem-estar da mãe quanto para o bem-estar de seu bebê.

                                                      Caroline Vieira




Peptideo YY

Peptideo YY

                  É um hormônio secretado por células da mucosa intestinal (células L) em resposta ã ingestão alimentar. Constituido por trinta e quatro aminoácidos, ele age inibindo a liberação de NPY é responsável pela sensação de que você está com fome, este hormônio yy é um inibidor da fome. Portanto, seu objetivo é diminuir o apetite deixando prevalecer a sensação de saciedade diminuindo assim a motilidade intestinal. Este hormônio tem sido estudado como uma terapêutica para combater a obesidade.
                  O PYY funciona basicamente diminuindo o esvaziamento gástrico, logo, aumenta a eficiência da digestão e absorção de nutrientes após a refeição. Ele inibe a contração biliar e atrasa o esvaziamento gástrico, fazendo com que ajude na diminuição da motilidade intestinal.
                  Funciona de maneira proporcional a ingestão de alimentos e a ingestão calórica. O PYY tem papel fundamental pois age na indução da anorexia, essas evidências foram obtidas através de injeções diretas do peptídeo para o núcleo central da amígdala (CEA) em ratos de laboratório. Opondo-se a anorexia, em indivíduos obesos após a alimentação nota-se níveis plasmáticos baixos de PYY do que em indivíduos com peso ideal, desta forma as cirurgias para o controle de obesidade devem além de exercer fator mecânico de restrição e/ou disabsorção, precisa diminuir os hormônios orexigenos (hormônios que expressam a vontade de comer) e aumentar os hormônios anorexígenos ( hormônios que expressam a saciedade) como é o caso do peptídeo yy.

                                                                     Caroline Vieira
Fontes:
http://m.ajpendo.physiology.org/content/293/5/E1131.full

http://sobracil.org.br/revista/rv030302/artigo08.htm

http://pt.slideshare.net/mobile/CLINICACAIO/peptdeo-yy-que-liberado-pelas-clulas-do-leo-e-do-clon

http://www.news-medical.net/health/What-is-Lipogenesis-(Portuguese).aspx

Insulina

Insulina:



                   A insulina é um hormônio anabólico produzido pelo pâncreas  que permite a entrada de glicose nas células para ser transformada em energia. As injeções de insulina passaram por diversas inovações afim de atender as necessidades de cada usuário, portanto, há inúmeras maneiras de injetar de hormônio. As pessoas com diabetes podem precisar de injeções de insulina por diversos motivos, incluindo a não produção de insulina insuficiente e a sua não utilização adequada no organismo. Esse hormônio é de extrema importância pois ajuda a manter a homeostase da glicose no músculo e no tecido adiposo e diminui as vias de produção de glicose, a exemplo a gliconeogênese.
                   Produzida na forma de molécula de pré-pró-insulina. Ao se retirar a sequencia sinalizadora dessa molécula e fazer três ligações de dissulfeto ela é armazenada nos glândulos  na célula beta do pâncreas. Posteriormente quando o nível de glicose esta alto no sangue, a molécula perde o peptídeo C, se tornando uma insulina madura.
                   A resistência a insulina é quando este hormônio não tem sua atividade plena. Quando um individuo é resistente à insulina, seu pâncreas produz o hormônio com o estimulo gerado pela glicose, porém, ele não age da maneira como deveria, ou seja, a glicose não é capaz de entrar nas células dos tecidos e acaba se acumulando no sangue. Bioquimicamente esta resistência ocorre quando as fosforilações inibitórias que foram fosforiladas em tirosina após o estimulo com insulina , causam feedback negativo na sinalização insulina. A obesidade relacionada à resistência à insulina pode também ser decorrente da ativação sequencial da proteína quinase (PKC) e da quinase inibidadora do fator nuclear KB (IKKB). Altas taxas de glicose no sangue pode gerar o estado pré-diabetes ou diabetes.





                                                               Caroline Vieira

Fontes: 
http://m.youtube.com/watch?v=E78NsX75Qgo



Glucagon

Glucagon

                  Hormônio catabólico produzido pelo pâncreas que funciona como um antagonista da insulina, logo, aumenta os níveis plasmáticos de glicose, cetoácidos, ácidos graxos livres e diminui os níveis de aminoácidos. É sintetizado pelas células α pancreas e estão localizadas nas ilhotas de Langerhans do pâncreas. A alta secreção ocorre quando os níveis de glucose no sangue estão baixos, isso faz com que estes níveis aumentem voltando ao valor normal.
                  O glucagon é controlado fisiologicamente pelo organism através da hipoglicemia, estimulo vagal, estimulos do sistema adrenal, baixos níveis de ácidos graxos como o estresse ou exercicio. Após este hormônio ser produzido, pode ficar estocado em vesículas secretórias das celulas  α onde são produzidas o user diretamente secretado. Trata-se de um metabolism pulsatile de secreção pois desta forma ele age mais ativamente.
                  A principal função deste hormônio é estimular o fígado a degradar o glicogenio e liberar glicose. Assim, evita-se a hipoglicemia pois trabalha diretamente no ciclo da gliconeogenese. De extrema importância no metabolism dos carboidratos, o glucagon age na conversão do ATP a AMP-cíclico que é um compost importante na iniciação da glicogenólise com imediata produção e liberação da glicose no fígado.

                                                                                      Caroline Vieira

Fontes:



Obesidade e Inflamação

Obesidade e Inflamação


A inflamação é uma resposta do sistema vascular em oposição a estímulos considerados malignos e uma forma de defesa do organismo.
A obesidade é o resultado de uma doença inflamatória. Essa conexão entre obesidade e inflamação, primeiramente foi criada por Hotamisligi et al., mostrando a relação entre quantidade de tecido adiposo e TNF- α ( adipocina pró- inflamatória) . Essa relação foi estabelecida também a partir dos níveis de citocinas de fase aguda (proteínas sintetizadas por motivos de lesões teciduais). Essas citocinas de fase aguda a maioria  delas foram sintetizados no tecido adiposo.
A resistência a insulina é um exemplo de doença inflamatória, pois adipocinas interferem diretamente com a sinalização da insulina. Um exemplo é a adipocina TNF- α- que pode auxiliar no processo de resistência a insulina a partir da sua capacidade de inibir a fosforilização da tirosina do receptor substrato- 1 da insulina.
O tecido adiposo tem a capacidade de produzir adipocinas que contribuem para doenças inflamatórias. Leptina, TNF- α e adiponectina são alguns exemplos. O excesso de tecido adiposo gera uma modificação na secreção dessas adipocinas, causando um estado inflamatório devido ao excesso de adipocinas pró-inflamatórias (leptina, TNF- α) e a diminuição de anti- inflamatórias (adiponectina).
Não devemos nos esquece da função dos macrófagos, que tem chamado atenção desde 2003. Dois trabalhos foram publicados mostrando que a obesidade tinha relação com a introdução de macrófagos no tecido adiposo Unilocular e isso teria a relação com o excesso de secreção de adipocinas pró- inflamatórias.


Luísa Roberta Bernardes
Bibliografia: