Obesidade e Inflamação
A inflamação é
uma resposta do sistema vascular em oposição a estímulos considerados malignos
e uma forma de defesa do organismo.
A obesidade é o
resultado de uma doença inflamatória. Essa conexão entre obesidade e
inflamação, primeiramente foi criada por Hotamisligi et al., mostrando a
relação entre quantidade de tecido adiposo e TNF- α ( adipocina pró-
inflamatória) . Essa relação foi estabelecida também a partir dos níveis de
citocinas de fase aguda (proteínas sintetizadas por motivos de lesões
teciduais). Essas citocinas de fase aguda a maioria delas foram sintetizados no tecido adiposo.
A resistência a
insulina é um exemplo de doença inflamatória, pois adipocinas interferem
diretamente com a sinalização da insulina. Um exemplo é a adipocina TNF- α- que
pode auxiliar no processo de resistência a insulina a partir da sua capacidade
de inibir a fosforilização da tirosina do receptor substrato- 1 da insulina.
O tecido
adiposo tem a capacidade de produzir adipocinas que contribuem para doenças
inflamatórias. Leptina, TNF- α e adiponectina são alguns exemplos. O excesso de
tecido adiposo gera uma modificação na secreção dessas adipocinas, causando um
estado inflamatório devido ao excesso de adipocinas pró-inflamatórias (leptina,
TNF- α) e a diminuição de anti- inflamatórias (adiponectina).
Não devemos nos
esquece da função dos macrófagos, que tem chamado atenção desde 2003. Dois
trabalhos foram publicados mostrando que a obesidade tinha relação com a
introdução de macrófagos no tecido adiposo Unilocular e isso teria a relação
com o excesso de secreção de adipocinas pró- inflamatórias.
Luísa Roberta
Bernardes
Bibliografia:
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