Uma pesquisa publicada no The new england journal of medicine expôs alguns mitos sobre obesidade, eis aqui os mais inacreditáveis deles:
Mito 1) Pequenas reduções do aporte calórico diário ou pequenos aumentos do gasto energético provocam emagrecimento significativo mantido por períodos longos:
Aquela velha história contada erroneamente que ao fazermos pequenas mudanças no estilo de vida, haverão grandes reduções de peso foi desmascarada durante o estudo publicado. Uma vez que, existe uma variabilidade individual entre os indivíduos e quando uma pessoa perde peso, a energia necessária para o funcionamento em repouso do corpo também diminui.
Mito 2: Definir metas realistas para a perda de peso é importante, porque caso contrário, os pacientes vão ficar frustrados e perdem menos peso:
Apesar de ser uma explicação modesta para algumas pessoas os estudos realizados para a publicação do artigo não comprovaram que é uma hipótese correta. Pelo contrário, metas mais ambiciosas são, em muitos casos, associadas a melhores resultados de perda de peso.
Mito 3) Rápida perda de peso está associada a piores resultados de perda de peso a longo prazo, em comparação com o lento, perda de peso gradual:
A explicação para o estudo realizado foi que: '' Apesar da associação de dietas com pouquíssima quantidade de energia e maior perda de peso. Não houve diferença significativa entre as dietas de muito baixa energia e as dietas de baixa energia no que se diz respeito à perda de peso no final do tempo.''
Mito 4) Nos programas de emagrecimento, é importante que um profissional avalie periodicamente a dieta ingerida:
Cinco ensaios clínicos, envolvendo 3910 participantes, por 9 meses, mostraram que isso é um mito. A explicação dos pesquisadores é que como as pessoas escolheram voluntariamente no programa de emagrecimento, elas tem força de vontade para se engajar em comportamentos mínimos para contribuir com a perda de peso.
Mito 5) Aulas de educação física nas escolas contribuem para combater a obesidade infantil:
Segundo o estudo apesar de existir um aumento no número de dias destinados às aulas de educação físicas nas escolas, o índice de massa corporal (IMC) é inconsistente. Ou seja, as aulas de educação física, no estudo, não foram capazes de contribuírem para combater a obesidade infantil. Uma vez que, o gasto energético não é suficiente para suprir a necessidade do corpo.
Mito 6) A amamentação protege contra a obesidade:
''Um estudo envolvendo mais de 13.000 crianças acompanhadas por mais de seis anos não forneceram nenhuma evidência convincente de um efeito da amamentação sobre a obesidade.'' Diz o artigo.
Mito 7) A atividade sexual queima até 300 calorias:
Olhando pelo ponto de vista dos estudos realizados e publicados um homem com peso médio de 70kg durante as fases de excitação e orgasmo, por METs, gasta certa de 3,5kcal por minutos. Ou seja, 210kcal por hora. Levando em consideração o tempo médio da atividade sexual de um homem de 30 anos, pode-se gastar cerca de 21kcal durante a relação sexual. O que pode ser comparado com o gasto adquirido em uma caminhada em ritmo moderado, cerca de 4 km por hora.
METs = Produto da intensidade da atividade em equivalente metabólico.
PS: O nome do estudo é ''Myths, Presumptions, and Facts about Obesity'' e seus autores são: Krista Casazza, Ph.D., R.D., Kevin R. Fontaine, Ph.D., Arne Astrup, M.D., Ph.D., Leann L. Birch, Ph.D., Andrew W. Brown, Ph.D., Michelle M. Bohan Brown, Ph.D., Nefertiti Durant, M.D., M.P.H., Gareth Dutton, Ph.D., E. Michael Foster, Ph.D., Steven B. Heymsfield, M.D., Kerry McIver, M.S., Tapan Mehta, M.S., Nir Menachemi, Ph.D., P.K. Newby, Sc.D., M.P.H., Russell Pate, Ph.D., Barbara J. Rolls, Ph.D., Bisakha Sen, Ph.D., Daniel L. Smith, Jr., Ph.D., Diana M. Thomas, Ph.D., and David B. Allison, Ph.D.
Clara Rodrigues
Referência:
http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMsa1208051#myths=&t=articleTop
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