terça-feira, 18 de novembro de 2014

Doenças do trato digestório e obesidade.

Doenças do trato digestório e obesidade.



                    Além de agravar doenças cardiovasculares, doenças no trato respiratório, doenças psiquiátricas e outros tipos de doenças apresentados nesse blog, a obesidade também afeta as doenças do trato digestório a seguir alguns exemplos de como essas doenças afetam esses pacientes.

                    -Esteatose hepática:



                    É uma doença hepática causada pelo acúmulo de gordura no fígado, colesterol alto, diabetes mellitus e até por procedimentos cirúrgicos envolvendo o tubo do aparelho digestivo. Diversos fatores na obesidade são prejudiciais para o fígado, como o efeito sanfona (O ganho e perda de massa consecutivos), uso de diversos medicamentos que sobrecarregam o fígado, além das dietas feitas sem acompanhamento necessário e que acabam ocasionando falta de nutrientes para o organismo.  A esteatose hepática é uma doença grave que pode desenvolver cirrose hepática, diabetes tipo 2 e até mesmo câncer no fígado. Um grande estudo foi feito sobre a esteatose hepática e uma amostra populacional diversificada de Dallas County, Texas  foi examinada quantitativamente por um tipo de ressonância magnética. Foi analisado os teores de triglicerídeo no fígado de cada participante e  constatou-se que cerca de um terço da amostra tem esteatose hepática e cerca de 67% deles são obesos (IMC>30 Kg/M²). Essa doença vem ao longo dos anos se espalhando e aumentando o seu índice consideravelmente em escala mundial.  Como a doença é assintomática, o seu diagnóstico é feito por exames de rotina e seu tratamento é realizado por meio de acompanhamento médico, uso de medicamentos, dietas estabelecidas por um profissional e prática regular de atividades físicas.


                    -Pancreatite Aguda:



                     A pancreatite aguda é uma inflamação grave do pâncreas, glândula que secreta enzimas essenciais para o processo digestório. A obesidade é um fator crítico para a agravação dessa doença que pode acarretar complicações locais, necrose pancreática e consequentemente a morte. Foi constatado numa análise que o risco de um paciente ter pancreatite aguda é aumentado quase em três vezes se esse paciente for obeso e dentre os obesos, a chance de mortalidade é aumentada em aproximadamente duas vezes. Os sintomas da doença são característicos, como a dor abdominal intermitente e/ou constante, náuseas, febre, vômitos e desidratação. O tratamento, nos casos mais graves, é feito por meio de internação ,administração de diversos medicamentos e procedimentos médicos. No caso de necrose, o processo cirúrgico é indicado.


                    -Colecistopatia (Cálculo biliar): 







                    Cálculos ou pedras biliares são partículas rígidas formadas na vesícula biliar, órgão localizado na parte superior do abdômen responsável pelo armazenamento da bile, secreção produzida pelo fígado e que tem  função essencial na digestão de gorduras. As pedras biliares são formadas geralmente quando a bile é composta por um teor de colesterol e/ou bilirrubina muito alto ou ainda falta de sais biliares. Diversos estudos indicam que a probabilidade de um cálculo biliar surgir aumenta se a pessoa é obesa. Cerca de 25% a 45% dos obesos mórbidos possuem problemas de colecistopatia, segundo a Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica. Isso se deve ao fato dos obesos acumularem colesterol extra na bile. Observou-se também que a incidência é maior nas mulheres devido à quantidade extra de estrogênio, o qual também aumenta o nível de colesterol na bile, além de diminuir o tempo de contração da vesícula biliar. O efeito sanfona (perda e ganho de massa consecutivos) também pode aumentar a probabilidade do surgimento de pedras na vesícula, já que durante a quebra da gordura armazenada pelo corpo, o nível de colesterol aumenta na bile, além de desestimular a vesícula biliar de expelir totalmente a bile. O sintoma principal de um cálculo biliar prejudicial é a forte dor, geralmente após uma refeição gordurosa. A dor vem do aumento de pressão da vesícula, ocasionado pela obstrução dos canais biliares por um cálculo biliar. O diagnóstico pode ser feito por diversos tipos de exames não invasivos como o ultrassom, ressonância magnética e cintilografia. O tratamento geralmente é feito removendo a pedra biliar, por meio de cirurgia. Métodos não invasivos como Ondas de Choque e administração de soluções orais são usados raramente, somente em casos que impedem o paciente de fazer uma cirurgia.


                                                                 Clara Rodrigues


Fontes:


http://www.obesidadesevera.com.br/conteudo/obesidade_severa/comorbid_medicas.html

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